Todos os dias quando voltava para casa via uma menina
sentada na praça, ela não fazia e nem dizia nada, era como se fosse invisível,
como se quisesse não ser vista, parecia gostar de se misturar a paisagem, como
se ali ela fosse parte de algo.
Passei a observa-la, de começo como curioso já agora como obsessão,
de onde ela vinha? Quem é ela? Uma menina que mesmo maltratada e mal vestida
tinha uma beleza fascinante, seus
cabelos sujos, eram pretos, seu corpo era branco de um tom quase pálido, seus
olhos eram verdes, seu vestido era curto e mal feito, ela andava descalça.
Eu tentava sempre chegar na praça antes dela, para descobrir
de onde ela vinha, mais ela sempre estava lá, antes que eu pudesse vela chegar,
e a noite eu não conseguia ver para onde ela ia, ela sumia em meio a multidão,
eu perdia aulas para observa-la , mais nunca descobria nada.
De uma hora para outra passei a ama-la, estava apaixonado
pela menina da praça, me viciei no seu olhar, nos seus segredos e mistérios,
agora estava certo, eu tenho que dizer a ela tudo o que sinto, então fui, contei
tudo a ela, que nada me falou só me olhava com pena, então decidi deixa-la pensando, e quanto voltei para perguntar se me amava também, a menina da praça
não estava mais lá, eu voltei todos os dias, mais nunca mais a encontrei, nem
seu nome eu sei.
Hoje ainda procuro o meu amor, a menina da praça em algum
lugar deve estar, sei que quando olhar novamente para aqueles olhos profundos e
avassaladores, ela roubara a minha consciência e o meu coração.
A Menina da Praça por Vinicius Santos – 11 de setembro de
2011
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