No radio tocava uma musica de jazz muito antiga, do lado de fora da casa, não se ouvia nenhum barulho, era como se ele estivesse tentando fazer com que acreditássemos que tudo tinha acabado, e que o Lucas e eu estávamos livres, que a sua sede por sangue já tinha sido saciada.  
Mais eu não ousaria me mover por nenhum segundo que fosse presa dentro do armário da despensa, eu estava segura, rezando para que ele não me encontrasse e rezando por ajuda, alguém em algum lugar devia estar sentindo a falta de algum de nós cinco. Enquanto eu ficava esperando que o dia amanhecesse, e que assim ele desistisse, eu ficava me perguntando o porque de tudo aquilo, de todas as mortes, ele já matou três de nós de forma tão abrupta, que as cenas ainda passam pela minha cabeça.
Quando a campainha tocou e a Vanessa correu para abrir a porta pensando ser algum garoto que estava afim dela, quando a ela viu o lindo rosto a sua frente se encantou com os olhos azuis profundos e cabelos lisos e castanhos, uma pele clara mais com um tom vivo, ela o convidou para entrar, ele cumprimentou a todos, e os dos subiram para conversar no quarto, eu perguntei aos outros se o conheciam, mas ninguém nunca havia o visto antes, depois de cinquenta minutos o Leo subiu as escadas e bateu na primeira porta a esquerda, que era o quarto da Vanessa enquanto estávamos nessa viajem, e ninguém respondeu, ele bateu outras duas vezes e então o Marcio se juntou a ele, e decidiram derrubar a porta, e quando enfim eles conseguiram, foi a cena mais triste e horrível que eu já tinha visto até então:
- Meu Deus o que é isso? Ela esta morta! –
A partir daí só se ouvia choro e gritos, eu estava arrasada, ver minha melhor amiga esquartejada não era os meus planos para o verão, em qualquer canto do quarto que você poderia ver alguma parte do corpo dela, quando busquei os seus olhos, vi o medo e horror pelo qual ela passou, e então eu corri não podia ficar ali, uma ânsia de vomito tomava conta de mim, os outros saíram também e então o Lucas disse :
- Foi aquele cara que fez isso com ela, a gente precisa chamar a policia, ele deve ter fugido pela janela –




Quando criança eu chorava, fingia que brincava, ninguém sabia oque me machucava, depois de um tempo cresci, com sem saber como me esconder a partir daqui, vivia uma tormenta sem fim. Nunca me ensinaram a lutar, era mais fácil correr e me calar, me esconder e chorar prometi então que para o futuro não deixaria que isso acontecesse com uns dos meus .
Mas não tem como defender dos monstros sem almas, que fazem com que os outros se sintam como um nada, queria eu poder te abraçar e te levar para o meio do nada, onde não existe-se nenhuma dessas armas de palavras.
Não sabe como dói ver chorar, alguém que você ama, e que considera perfeita ao seu olhar, porque a uma estética geral, ela deveria ser 5 Kg a menos para parecer normal, mais esse normal forçado não traz beleza, só um complexo sem necessidade. Queria que apenas uma vez você se olhasse no espelho e consegue-se ver, a grandiosidade da sua beleza, acredite que sempre haverá alguém que ao te olhar saberá que tu és perfeita.
Você não precisa tentar de mais, não precisa se modificar, tente se aceitar, para depois não ficar se perguntando “Porque eu fiz isso?” Tenho vontade de olhar fundo nos teus olhos e dizer, “Querida nunca se sinta como se não fosse perfeita, como se não fosse especial, eu sinto dentro de mim, que você é uma obra prima. Qualidades e defeitos todos tem, saiba que os seus defeitos te tornam única, talvez essa falta de Normalidade é o que faz você brilhar tanto, então não esconda o seu brilho através, de mudanças radicais para entrar em um grupo melhor, a perfeição é pura e vejo isso em seu coração, em você eu não mudaria nada, você já é perfeita pra caralho”.

Olhe dentro de você, e se pergunte “ Vale mesmo a pena derramar lagrimas por todos aqueles que não merecem nem a minha compaixão?”.

                   Texto baseado na musica Fuckin’ Perfect – Pink.

Perfeição, Vinicius Santos, 14 de setembro de 2011.
    



                                                  A cada banho de chuva,
                                                A cada caminhada na rua
                                            Trocando olhares com a lua

                                         Quantas vezes já olhei para o céu
                                           E me perdi na imensidão do seu véu
                                             E tentei perguntar, gritar, cheguei até a chorar
                                               Esperando a lua vir para me acalmar
                                            E desde então não pude suportar
                                      Ela só podia olhar!
                                         Eu sei que sentia, sobre isso nunca mentia
                                           Mas a sofreguidão não escolhia dia

                                       Suas respostas, promessas, mentiras e verdades
                                    Tudo sempre pura vaidade
                                          Mais ainda acreditava na lealdade
                                              De um sol na escuridão
                                                 Limpava céus e mares
                                           Dentre todas as paisagens
                                     Sentia a miragem, daquela que prometia.
                                         Uma falsa eterna felicidade.

                 Vinicius Santos Souza, Reflexo da Lua, 13 de setembro de 2011


Todos os dias quando voltava para casa via uma menina sentada na praça, ela não fazia e nem dizia nada, era como se fosse invisível, como se quisesse não ser vista, parecia gostar de se misturar a paisagem, como se ali ela fosse parte de algo.
Passei a observa-la, de começo como curioso já agora como obsessão, de onde ela vinha? Quem é ela? Uma menina que mesmo maltratada e mal vestida tinha  uma beleza fascinante, seus cabelos sujos, eram pretos, seu corpo era branco de um tom quase pálido, seus olhos eram verdes, seu vestido era curto e mal feito, ela andava descalça.
Eu tentava sempre chegar na praça antes dela, para descobrir de onde ela vinha, mais ela sempre estava lá, antes que eu pudesse vela chegar, e a noite eu não conseguia ver para onde ela ia, ela sumia em meio a multidão, eu perdia aulas para observa-la , mais nunca descobria nada.
De uma hora para outra passei a ama-la, estava apaixonado pela menina da praça, me viciei no seu olhar, nos seus segredos e mistérios, agora estava certo, eu tenho que dizer a ela tudo o que sinto, então fui, contei tudo a ela, que nada me falou só me olhava com pena, então decidi deixa-la pensando, e quanto voltei para perguntar se me amava também, a menina da praça não estava mais lá, eu voltei todos os dias, mais nunca mais a encontrei, nem seu nome eu sei.
Hoje ainda procuro o meu amor, a menina da praça em algum lugar deve estar, sei que quando olhar novamente para aqueles olhos profundos e avassaladores, ela roubara a minha consciência e o meu coração.



A Menina da Praça por Vinicius Santos – 11 de setembro de 2011


Vive sempre em busca de um canto pra chamar de lar, aquele pobre menino, que dia após dia passava a sonhar.  Em um beco qualquer, de uma rua escura em uma cidade sem fé, o pobre menino via os dias se passarem sem saber para onde ir.
Ele não pedia dinheiro, não pedia comida, nem abrigo, só um pouco de esperança, e isso ainda havia de faltar. As pessoas perderam a fé no futuro, perceberam que nenhum outro homem daria a vida por eles, e passaram a se proteger, e se esqueceram daquele que não tem como o fazer.
Imaginem um ser pequeno e frágil, seguindo por ruas escuras, sem pretensão alguma, ele só estava em busca de um sentido pra vida, aquele pobre menino ao contrário dos outros acreditava no amanhã, no perdão, sabia que sentar e rezar somente não bastavam, esse pobre menino sozinho e fraco, escolheu por lutar e por buscar um sentido maior, a motivação ele já tinha: 
“ Não morrer em Vão, dar valor a Esperança que ele depositou em nós”

Vinicius Santos.    11 de setembro de 2011.

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